sábado, 16 de abril de 2022

Resultados do desafio "COM UM DRAGÃO NA CABEÇA", para o 4º ano e 2º ciclo

 " COM UM DRAGÃO NA CABEÇA"

                                                       Desenho de Benedita Amaral Andrade, 4º ano

Amigos, estou muito feliz com os vosso trabalhos! Sinto-me surpreendida e recompensada pelo desafio criado. Valeu a pena!

Todos os textos por vós escritos são especiais. Deixam uma marca em quem os lê. Seguramente, publicá-los-ei todos.

Os três primeiros textos, foram os selecionados, pois, revelaram criatividade, correção e clareza ao nível do domínio da língua portuguesa, para além de relevante inovação, na minha opinião. Os valores humanos, que todos devemos cultivar, estão, para meu contentamento, presentes no que escreveram.

Isto não significa que as outras histórias, escritas pelos outros meninos e meninas, não tenham também valor. Bem pelo contrário. Algumas são muito interessantes. 

Parabéns, aos vencedores e a todos os participantes!

Todos os pequenos escritores, ao aceitarem este desafio, receberam um livro, oferecido por este blog.

Obrigada a todos os que de uma forma ou de outra, incentivaram à escrita e ajudaram a orientar as crianças na publicação do seu trabalho.

Fiquem atentos! Mais desafios surgirão, durante os meses seguintes. E os prémios, pois claro, serão uma das recompensas! A melhor recompensa, é a vossa participação. Ler e escrever é prazer. Um bem haja especial à Professora e amiga São Seita Machado, elemento essencial neste processo, pela dinamização que fez junto dos seus alunos.

Nunca deixem de escrever!

Beijinhos.


                Texto de:  Margarida Poejo Fava Mendes de Deus, 4º ano

                                         "Aquiles"

Era uma vez um dragão que vivia na sua comunidade de dragões, rodeado da família e dos amigos, mas este dragão não era feliz. Este dragão, de seu nome Aquiles, era bem diferente de todos os outros. Aquiles, em vez de cuspir fogo, cuspia água e vivia completamente desolado com esta sua característica. 

A sua mãe dizia-lhe: - Não te preocupes filho! Um dia descobrirás utilidade para essa tua característica. Mas Aquiles não se convencia. 

Não podia brincar com os seus amigos às bolas de fogo porque só cuspia água, não podia acender uma fogueira porque só as apagava, então, isolava-se e mal abria a sua boca.

Até que houve um ano em que tudo mudou. 

Aquiles e a sua comunidade viviam um período de muito calor. Pouco tinha chovido nesse Inverno e a seca era extrema. Já não tinham o que comer, os terrenos estavam secos e a água era cada vez mais escassa. 

Os dias  eram tão quentes que todas as semanas havia fogos e foi aí que Aquiles se lembrou e abriu a sua boca. Com a sua garra de dragão sobrevoou a toda a povoação e apagou os fogos, encheu as barragens e os lagos, alagou os terrenos e, a partir daí, tudo mudou.

Aquiles passou a ser o dragão mais especial, diferente e feliz dos dragões. A sua água tinha-os salvado a todos!

FIM

                           


Texto de:  Guilherme Cruz Oliveira, 4º ano

"O dragão Arco-Íris"


Num lindo dia de Verão, há muito, muito tempo atrás vivia na maior montanha do mundo, uma família de dragões.

Eram três elementos na família: a mãe, o pai e o filho. A mãe era cabeça rosa, corpo azul e membros verdes; o pai era cabeça azul, corpo verde e membros rosa, mas o filho… ele não tinha só três cores, ele era muito diferente, tinha todas as cores do Arco-Íris.

A mãe e o pai levaram-no aos melhores médicos para dragões, mas nenhum encontrou a resposta.

Até que um dia descobriram toda a verdade.

A mãe ouviu o pai a falar sozinho e a dizer:

- Ufa! Ainda não me descobriram!

Então, a mãe disse:

- O que é que nós ainda não descobrimos?

- É que não é só ele com muitas cores, eu também! – respondeu o pai.

- Podias ter dito antes! - disse-lhe a mãe.

O filho ouviu os pais a discutirem e fugiu, mas deixou-lhes uma mensagem que tinha escrito:

- Eu fugi para muito longe de casa e chegarei ao sítio pretendido. Adeus pai e mãe. Amo-vos!!!

Os pais quando leram a mensagem saíram de casa a voar, cada vez mais rápido, à procura do seu filho.   

O pai viu uma quinta e disse para a mãe:

- Vamos ver ali em baixo.

Quando lá chegaram, ouviram um barulho estranho e a mãe disse:

- É ele! FILHOOOO!

- MÃEEEE!

Foi então que o pai disse:

- Filho, não és só tu às cores, eu também sou! Nós temos a maior sorte do mundo, porque temos um super-poder e podemo-nos transformar em qualquer cor.

E assim, uniram-se e voltaram felizes para casa.

                                                 FIM

                                                                                      

                                              Texto de:  Maria Sara Power, 4º ano

                                    "Dragões" 

Era uma vez uma menina. Ela vivia com o pai e com a mãe numa grande casa.

A menina era muito sonhadora. Acreditava na magia, mais do que noutra coisa qualquer. Acreditava que um dia veria bruxas, feiticeiros, fadas, dragões e outros seres extraordinários.

Nos desfiles de Carnaval, ia sempre vestida ora de bruxa, ora de feiticeiro, ora de fada, ora de dragão, ora de outra fantasia qualquer. E ela adorava tudo isso. Mas do que ela gostava mesmo era de dragões.

Tinha livros sobre dragões aos montões. Também tinha jogos de dragões. Sempre que ia passear, fosse com a sua família, fosse sozinha, levava livros sobre estes seres.

Numa tarde, em que ela estava no jardim a ler sobre os seus seres fantásticos preferidos, ficou tão cansada que adormeceu. Horas mais tarde a mãe foi acordá-la:

- Filipa, Filipa, acorda! Um dragão saiu do teu livro!

- O quê?! Onde está ele, minha mãe? – perguntou Filipa, entusiasmada.

- Está no jardim do vizinho da frente – respondeu a mãe.

Filipa correu para ver o dragão. Uau! Ele era tão bonito! Com as escamas azuis, verdes e vermelhas, tão brilhantes!

- Boa tarde, senhor dragão! – cumprimentou a Filipa.

O dragão respondeu:

- Boa tarde. Como é que te chamas?

- Filipa! Mas queria saber uma coisa. Porque é que vieste aqui?

- Olha, eu não tenho pais. Quer dizer, já morreram. E eu vim aqui para te levar ao meu reino!

Então, Filipa montou o dragão e, voou, voou …

Quando chegaram ao prometido reino, Filipa ficou deslumbrada. Tantos dragões!

- Podes ficar aqui dois dias. Depois tens de voltar ao teu lar.

E Filipa ficou. Durante os dois dias permitidos. Montou dragões, brincou com eles e fez muitas mais coisas.

Filipa voltou a casa, dois dias depois, e contou tudo, tudinho aos seus colegas, pais e amigo. Deslocam-se pessoas de todo o mundo, só para a ouvir.

E ainda hoje podes ver no museu dos dragões, o livro que Filipa lera naquela tarde.

                                                                                  FIM     


Celeste de Almeida Gonçalves                        

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